25 novembro 2005

Botafogo e Santos, 1995

Nesta semana, com o duplo erro de Márcio Rezende de Freitas no jogo Corinthians e Internacional, muito se falou novamente dos erros que o mesmo juiz cometeu há dez anos na final entre Botafogo x Santos, embora sejam casos distintos.

O jogo de 1995 no Pacaembu, que terminou 1x1 assim como o de domingo, teve dois gols ilegais validados e um gol legítimo do Santos anulado, diferentemente do que muitos andam falando (que foram dois erros só contra o Santos). O título ficou com o Botafogo, que precisava do empate no segundo jogo.

Um outro detalhe é que o jogo da época foi o segundo de uma final, não o único como alguns também insinuam; o primeiro, no Rio, havia sido vencido pelo Botafogo por 2x1. Ou seja, caso o segundo jogo tivesse terminado com a vantagem de um gol para o Santos, tudo teria ficado rigorosamente igual. Pelos critérios daquele campeonato, a melhor campanha até a final, no caso a do Santos, dava o direito ao empate de resultados. O que não se analisa foram os erros nos jogos da semi-final entre Botafogo e Cruzeiro, que teriam dado a melhor campanha ao Botafogo.

Quem quiser saber até as últimas conseqüências quem deveria então ser o campeão "moral", deve fazer uma análise de erros de arbitragem em todos os jogos dos dois times. O problema é se descobrirem que o título não deveria ser de nenhum dos dois. :-)

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Sobre a final de 1995, leiam por exemplo em:
http://www.gazetaesportiva.net/historia/futebol/campeonato_brasileiro/1995.php
http://lancenet.ig.com.br/arquivo/futebol/brasilei/bras95.htm

Para entrar na Petrobras, só via Internet Explorer

Há alguns dias, ao procurar informações sobre o concurso da Petrobras, cheguei ao portal da Cesgranrio,

http://www.cesgranrio.org.br

órgão responsável pela organização. Mas daí em diante...

Primeiro o site se recusou a entrar, acusando que meu navegador não tinha flash. Aqui na faculdade, por exemplo, os navegadores não têm instalado o plugin necessário, para evitar usos não-acadêmicos comuns que a utilizam; acredito que tal seja a realidade também em muitas outras universidades.

Através do Google consegui dar um jeitinho: encontrar uma das páginas contidas no portal e entrar diretamente. Mas o aviso da entrada já me fazia prever o excesso de armadilhas, digo, objetos, feitos desnecessariamente em flash, tornando a visitação da página uma verdadeira aventura.

Como se estivesse entrando em uma caverna, surpresas estavam à espreita nas fendas obscuras (o fundo da página era preto até). E muitos hieróglifos nas paredes, que meu pobre Mozilla Firefox não conseguiu decifrar, mesmo se com o auxílio do AdBlock tenha conseguido eliminar alguns esqueletos de flash que ainda cobriam as inscrições...

Mas eis que, fugindo assustado, encontrei na entrada da caverna a chave do mistério: o acesso secreto ao ouro negro é guardado pela maldição do Internet Explorer, o único capaz de traçar o caminho e passar ileso através dos gnomos da Cesgranrio...

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Tais páginas de concursos deveriam ser adaptadas para tecnologias mais difundidas, não-proprietárias. Não acho justo sites públicos em que apenas usuários do navegador Internet Explorer podem ter acesso às informações. O mesmo vale para todos os serviços de governo eletrônico.

É válido salientar, por exemplo, que o navegador Firefox já ultrapassa os 12% de participação, cifra que deve aumentar ainda mais no final do mês com o lançamento do Firefox 1.5 . Para não falar dos usuários de Linux, que, coitados, não podem desfrutar da maravilha que é o navegador da M$.

A farra das concessões de rádio e TV

O site Congresso em Foco divulgou uma lista dos congressistas que são proprietários de emissoras de TV e rádio, além de artigos sobre o tema:

http://www.congressoemfoco.com.br/Noticia.aspx?id=2324

Ao todo, mais de 50 parlamentares. Espera-se que desta vez sejam punidos pelo desrespeito à Constituição e à ética. O Ministério Público analisa as denúncias.

Como todos estamos cansados de saber, a promiscuidade entre mídia e poder vem de longe, como instrumento de manipular a população com fins políticos ou privados. Ainda mais no caso dos meios rádio e TV, cujas outorgas de espectro são altamente arbitrárias, limitando a posse da mídia às elites familiares regionais, grandes grupos empresarias e igrejas. Diversas iniciativas sérias têm concessão negada ou não analisada por falta de padrinhos no executivo ou no legislativo, que utilizam o espaço público como moeda para seus interesses: vence quem tem lobby, o interesse da população é a última prioridade de seus supostos representantes.

Quando poderemos ter uma mídia imparcial, confiável, que não nos queira manipular a todo instante? Talvez no dia em que estiver desvinculada de interesses dos grupos supracitados. A web indica um caminho, embora não disponha ainda de acesso universal por toda a população, o que pode demorar. O primeiro passo deveria ser assim na direção de possibilitar a democratização dos meios e portanto a diversificação dos canais de comunicação à escolha pela população. Não dá mais é para aceitar a censura a rádios comunitárias e outras iniciativas independentes enquanto a sujeira rola solta nas concessões"oficiais".

Quanto à democratização dos veículos de grande porte, uma alternativa estatal também não se mostra como opção muito atraente, pois pode abrir outros problemas. Embora cada meio exija uma análise específica devido a suas particularidades, um caminho seria talvez o incentivo de uma estrutura mínima por fundações, que remunerem os funcionários mas cujos lucros devam ser reaplicados nas mesmas, geridas pelos próprios jornalistas e com alguma agência própria que faça a fiscalização. Tais empreendimentos deveriam contar no início com financiamento público de longo prazo para viabilizar sua implantação. Atividades que fogem ao fim primordial do meio poderiam ser sobretudo contratadas, como uma segmentação das atividades de apoio, dispensando investimentos vultosos em infra-estrutura.

Faz-se necessário discutir amplamente alternativas para a gestão da comunicação no país. Mas certamente não será na própria mídia que isso ocorrerá. O interesse é nosso, não deles.

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Outro problema são as reportagens "compradas" e os anúncios em formato de notícias, mas isso já seria tema para outra discussão...

11 novembro 2005

Quais são os piores comerciais?

Além da listagem dos piores programas na TV brasileira,

"Quem financia a Baixaria é Contra a Cidadania"
http://www.eticanatv.org.br/
0800 619 619

deveria haver também um ranking dos piores comerciais em exibição na tv aberta no país, assim como a listagem dos piores anunciantes, que mais freqüentemente os utilizam.

Não dá para agüentar mais tantas propagandas ridículas ou de mau gosto. Talvez com um ranking desses, os respectivos anunciantes sejam pressionados para melhorar o nível. Quem tem criatividade não precisa apelar ou martirizar o telespectador, como mostram muitos outros comerciais de qualidade.

Um paliativo é denunciar as piores propagandas no Conar:

http://www.conar.org.br/
Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária

(há um campo na página principal "Reclamações sobre propaganda")

Bulas de remédios on line (Anvisa)

Recebi essa informação, que pode ser útil:
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Se você perdeu a bula de um medicamento ou não está entendendo nada do que está escrito lá, visite esse site:

http://e-bulas.bvs.br/cp.php

Lá você encontrará bulas de todos os medicamentos disponíveis no mercado, sendo que há duas versões: para leigos, numa linguagem de fácil entendimento, explicando o que são aquelas palavras indecifráveis que estão lá; para profissionais de saúde, com detalhamento das substâncias e com todos aqueles "palavrões" que só eles entendem.

04 novembro 2005

Cartório 24 horas

http://www.cartorio24horas.com.br

Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila. O cartório eletrônico, já está no ar! Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbito, de imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela internet. Para pagar, é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex.