30 outubro 2005

Projeto de lei sobre o Esperanto na Itália

No embalo de relatórios e posicionamentos oficiais, segue uma notícia um pouco mais antiga (de maio), mas que continua válida: foi apresentado / está tramitando no parlamento italiano um projeto de lei de incluir o Esperanto entre as línguas aceitas para proficiência, à semelhança do que ocorre na Hungria (onde o Esperanto é a terceira escolha mais popular, atrás apenas do inglês e do alemão). Segundo o artigo, como o 91o Congresso Mundial de Esperanto ocorrerá ano que vem em Florença, poderá ter efeitos positivos quanto a isso.

Um estudo de 1995 sobre o Esperanto feito pelo ministério da educação italiano se encontra em:
http://www.internacialingvo.org/public/126_plena.htm

Vale a pena dar uma olhada também no artigo "Propedeŭtika Valoro de Esperanto" na Vikipedio:
http://eo.wikipedia.org/wiki/Propede%C5%ADtika_valoro_de_esperanto

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ret-info: Nova leĝpropono pri Esperanto en la itala Parlamento

La kampanjo de Eŭropa Esperanto-Unio, konata ankaŭ kiel "hungaraj rajtoj-eŭropaj rajtoj", celas doni al ĉiuj civitanoj de EU-landoj la rajton, kiun havas hungaraj civitanoj, lerni Esperanton kaj esti ekzamenata pri Esperanto fine de la mez-grada lernado. Ĝi celas kaj gvid-linion de la Eŭropa Parlamento kaj leĝojn en la unuopaj landoj de EU.

Efektive nuntempe oni malpermesas al la junularo de EU formale lerni Esperanton en la lernejo, dum la gnomoj de la edukaj ministerioj kaŝe elektis sen publika diskuto difinitan lingvon, kiu iĝas deviga ĉie.

Estas maldemokrate diri: neniu volas lerni Esperanton. La ekzemplo de Hungarujo, kie oni ja havas la elekton, montras, ke tamen multaj volas lerni ĝin.

En tiu kadro estis prezentita al la itala Parlamento la 10-an de marto leĝpropono, kiu nun ricevis la numeron 5714 kaj aperis en la presitaj parlamentaj dokumentoj.

Ĝin prezentis la deputitoj BARBIERI, RANIELI kaj MEREU, kaj ĝia tuta titolo estas: "Normoj pri la aliro al la studo kaj uzo de la internacia lingvo Esperanto".

La ĉefa artikolo estas la unua, kiu asertas, ke "Inter la elekteblajn fremdajn lingvojn en la ŝtataj devigaj lernejoj oni enkondukas Esperanton."

Kompreneble nun devas okazi tuta prem-kampanjo je la italaj parlamentanoj por ke la propono estu efektive diskutata kaj aprobata. Eble la Universala Kongreso en Florenco en 2006 kaj la kunligitaj inform-laboroj povos helpi.

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Informis: Renato Corsetti

el [Informitale] - inform-servo de Itala Esperanto-Federacio

Um documento importante para o Esperanto!

Produzido por um professor da Universidade de Genebra por encomenda de um órgão ligado ao ministério de educação do governo francês, o estudo lista vantagens e desvantagens das diversas abordagens em política de ensino de línguas estrangeiras em termos de eficiência e igualdade.

L’enseignement des langues étrangères comme politique publique
François Grin, Universidade de Genebra
127 páginas
http://cisad.adc.education.fr/hcee/documents/rapport_Grin.pdf

um dos grifos mais importantes:

"le scénario « espéranto » apparaît comme le plus avantageux, car il se traduirait par une économie nette, pour la France, de près de 5,4 milliards d’Euros par année et, à titre net pour l’Europe entière (Royaume-Uni et Irlande compris), d’environ 25 milliards d’Euros annuellement."

O brasileiro que o Nobel esqueceu

O brasileiro que o Nobel esqueceu
Março 2005
http://www2.uol.com.br/sciam/conteudo/noticia/noticia_104.html

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Lattes tinha apenas 22 anos quando comunicou, na edição de 25 de maio de 1947 da revista Nature, a descoberta de Pic du Midi. E 23 quando divulgou, em outubro de 1948, os achados de Chacaltaya. A façanha rendeu a Powell o Prêmio Nobel de Física de 1950. Lattes e Occhialini, seus verdadeiros autores, ficaram a ver navios. "Powell ganhou o Nobel por um trabalho assinado por Lattes, Occhialini e Powell. Eu fiz a experimentação e as medidas. >>>>> Ele apenas ajudou a redigir, porque possuía maior domínio da língua inglesa. <<<<< Mas o médico brasileiro Carlos Chagas foi ainda mais injustiçado. Ele merecia ter ganho não um, mas quatro nobéis!", consola-se hoje o físico. Na época, porém, no auge de sua produtividade científica, ele só estava interessado em tocar as pesquisas para frente. Quando soube que havia sido construído um poderoso acelerador cíclotron em Berkeley, na Califórnia, decidiu deixar Bristol e ir para lá. Não sem antes passar pelo Brasil, onde se casou com sua inseparável companheira, Martha Siqueira Neto Lattes, com quem tem quatro filhas e nove netos.
...

Quantas vezes será que essa história não se repete com outros pesquisadores?

10 outubro 2005

ANP - Teste do combustivel

As respostas a seguir foram tiradas do site da ANP - link

1 | Como é feito o teste de teor de álcool ("teste da proveta") na gasolina

O teste de teor de álcool presente na gasolina, conforme disposto na Portaria ANP n.º 248, de 31 de outubro de 2000 é feito com solução aquosa de cloreto de sódio (NaCl) na concentração de 10% p/v, isto é, 100g de sal para cada 1 litro de água:

- em uma proveta de vidro de 100ml, graduada em subdivisões de 1ml, com boca esmerilhada e tampa, colocar 50ml da amostra de gasolina na proveta previamente limpa, desengordurada e seca;
- adicionar a solução de cloreto de sódio até completar o volume de 100ml;
- misturar as camadas de água e amostra por meio de 10 inversões sucessivas da proveta, evitando agitação enérgica;
- deixar em repouso por 15 minutos, a fim de permitir a separação completa das duas camadas;
- anotar o aumento da camada aquosa, em mililitros;
- a gasolina, de tom amarelado, ficará na parte de cima do frasco e a água e o álcool, de tom transparente, na parte inferior. O aumento em volume da camada aquosa (álcool e água) será multiplicado por 2 e adicionado mais 1, conforme consta na Portaria ANP 248/00.

O consumidor pode solicitar este ensaio no posto revendedor de combustível, conforme disposto na Portaria ANP n.º 248, de 31 de outubro de 2000 .

2 | Como tentar evitar o abastecimento do veículo com combustível adulterado

Exija sempre a nota fiscal para garantir o conhecimento da origem do combustível em seu tanque. Além disso, podem ser verificadas outras obrigações do posto, tais como: placa da ANP visível com o telefone do Centro de Relações com o Consumidor (0800 900 267), bandeira do posto, marca da distribuidora no caminhão que abastece o posto igual à informada na bomba.

Também é possível solicitar ao posto revendedor de combustível que faça o "teste da proveta", que verifica o teor de álcool na gasolina. Esse teste é obrigatório, conforme a Portaria ANP n.º 248, de 31 de outubro de 2000 .

3 | O que fazer se há suspeita de adulteração

Denunciar o posto revendedor de combustível à ANP na seção Fale com a ANP ou pela Central de Atendimento 0800 900 267 (ligação gratuita). Para registrar a sua denúncia, necessitamos do maior número de informações possível sobre o agente econômico, como CNPJ, razão social, endereço, distribuidora, e a descrição do ocorrido. Para isso, é importante ter a nota fiscal.

Mesmo que o posto não seja fiscalizado imediatamente, ou não seja comprovada a adulteração quando ocorrer a fiscalização, as denúncias recebidas, o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis , além das informações dos Procons, do Ministério Público, da Polícia e de outros órgãos, ajudam a direcionar as ações e estabelecer os roteiros da fiscalização da ANP em todo o país.

[mais respostas disponíveis no site]

01 outubro 2005

A enganação do telefone popular

Em vez de tratar com seriedade a questão da assinatura telefônica, nossos políticos, liderados por nosso "louvável" e "caridoso" Ministro das Comunicações, Hélio Costa (que tem tomado posição duvidosa quanto a muitos temas de interesse nacional), saem agora com essa do "telefone popular". Não que eu defenda os demagogos lá do congresso que saíram com aquela de simplesmente acabar com a assinatura, mas esse telefone popular também cheira a populismo. Alivia, mas não resolve o problema.

A nova assinatura, com preço em 50% da assinatura convencional, dará direito a 60 pulsos (a convencional tem 100) . No entanto, os pulsos excedentes da assinatura popular custam mais que o dobro do preço. Por quê?? Se há um critério sócio-econômico como condição de adesão a esse novo plano, não há risco que todos mudem para ele para tirar vantagem. No fim a idéia é que se fique só com isso, ou pague-se pela plena: "Ah, pobre não tem o que falar mesmo...". Ou seja, não se quer necessariamente democratizar o acesso, mas oferecer um paliativo para os miseráveis (além de aumentar a base de usuários das telefônicas, que já projetam lucros com esse novo telefone, com os usuários vindos dos "pais-de-santo"). Menos custoso que usar um celular pré-pago, é verdade, mas que discrimina, além de ser arbitrário (quem ganha quatro salários não mereceria?). E será agradável ter que ir provar aos funcionários das telefônicas que se ganha menos que três salários mínimos? Será que não haverá espaço para trambiques?

É como comprar um computador com aquele "Windows XP Starter Edition", lançado para "baratear" o Windows para as classes mais pobres que lutam para comprar um micro, mas um Windows completamente depenado. (Na verdade o intuito não é caridade com os pobres, mas barrar o crescimento do Linux nos micros vendidos em loja. Mesmo que a pessoa não fique com o sistema do pingüim, depois ela colocará um Windows pirata. Em ambos os casos a M$ sai perdendo, por isso lançou o Starter).

Essas soluções "engenhosas" são muito mais precárias que simplesmente abordar o problema de forma aberta, o que os rabos presos não permitem, lógico.

O problema da assinatura atual é o peso de ouro cobrado pelos pulsos de franquia, muito acima do preço dos pulsos excedentes. Como pode isso? Uma taxa constante cobrada a usuários de um dado serviço se deve basicamente ao custo de disponibilidade, em resumo, custos fixos. Custos que estão lá, usando-se ou não. Por que não se discute o nivelamento dos preços dos pulsos de franquia e excedentes? Por que não são auditadas as planilhas das empresas para estabelecer um consumo mínimo de pulsos (como a tarifação de água e luz, não mais como assinatura) que de fato corresponda aos custos fixos?

(Vale lembrar que o próprio pulso é uma coisa completamente arbitrária, herança das centrais eletromecânicas do início dos tempos - felizmente esses acabam em janeiro, passando a minutos).

A questão é portanto outra, não de caridade para com os pobres. Certamente a assinatura não visa mais apenas cobrir os custos fixos, mas sim ser uma das fontes de faturamento, segundo a lógica da necessidade do lucro crescente; como confessam as operadoras, as assinaturas são sua maior fonte de lucro atualmente. Só para lembrar, as assinaturas foram indexadas nos contratos de privatização aos índices de inflação, mas será que os custos fixos crescem na mesma proporção? Duvido. Por que não são revistos os contratos de privatização, que estabeleceram esse disparate inaceitável? Saliento que a solução não é simplesmente acabar com a taxa fixa, mas trazer as cifras de volta à realidade; dai a César o que é de César, mas não mais que o devido. Para comparar, vejam a distorção do preço do minuto das ligações nos pré-pagos, com os custos fixos diluídos no uso, onde não se sabe quanto se paga para cada coisa.

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Aproveito para mencionar alguns Robin Hoods às avessas praticados pelas operadoras, como a internet grátis, que tira dinheiro dos pobres para dar à classe média, ou das promoções absurdas de DDI, dos pobres para os ricos, ambas através de transferência de custos para assinaturas e chamadas locais. Será que isso também não deveria ser questionado?

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Viva os serviços de VoIP, viva o Skype, que cedo ou tarde devem forçar mudanças na telefonia convencional em direção a uma maior racionalidade e justiça. Mas infelizmente essa mudança vem de cima para baixo, havendo o risco das massas ainda assim pagarem o pato, uma vez que só as classes média e alta podem desfrutar até agora de serviços na rede. Será que enfim o problema será visto como é, ou assistiremos a novos paliativos nos próximos capítulos?

Veja que bosta...

A nova capa da Veja é sobre o referendo do desarmamento. E como não podia deixar de ser...

Com muitos sofismas, além de não presentar fatos, mas opiniões duvidosas, quer provar que o desarmamento é um péssimo negócio: vote NÃO. E abraça a idéia de forma descarada, não perguntando a ninguém favorável à proibição sobre as eventuais vantagens (é totalmente parcial, não escuta os dois lados). Não mostra dados realmente concretos: não diz que 70% dos homícidios no Brasil não tem nada a ver com criminalidade (a revista olha só do ponto da criminalidade, mas não é isso q está em jogo! quem vai votar pelo SIM e é consciente sabe que a criminalidade não vai mudar mesmo, mas sim a quantidade de crime idiota), não fala que na austrália os homicídios caíram sim após a proibição (mostra dados comparando a austrália com outros países onde a venda é livre, mas não mostra dados comparando a austrália com ela mesma, antes e depois...), quer passar a idéia que há outros usos para armas de fogo que não para o que foram criadas... quer vender o peixe da bancada da bala, que inviabilizou a aprovação direta no congresso (forçando o acordo sobre esse referendo), q ter uma arma em casa "assusta" o bandido... (será q assusta? por que a criminalidade então não está menor? será q o bandido joga com essa possibilidade, ou não tem nada a perder?). Mostra que a arma do cidadão é que será proibida, não granadas e escopetas usadas pelos traficantes do Rio... Mas será que a maioria dos homicídios no Brasil são cometidos com isso? Será que aqueles cometidos com armas roubadas do cidadão não são mais numerosos?

Fora a ladainha pró-armas, ainda tem várias informações subliminares, como falar do plano real no meio do artigo... (????)

Ao final, coloca opinião contrária a frase da urna, mas sugere uma outra ainda mais capciosa... (ah, mas esta a "nosso" favor...)

O que é triste é ver aqui na FEEC uma cambada fofinha que lê essa bosta e depois fica urgindo para o resto o que regurgitam da Veja. "Ah, mas eu li na Veja!"
Como diz uma comunidade no Orkut, "Leu na Veja, azar o seu!"

Li outro dia q a Veja por exemplo escreveu artigo também contra a Wikipedia, citando vantagens da "Enciclopédia Britânica"...
Maiores informações na própria wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Veja
ou procurando no google sobre o caso.

Além das manipulações políticas, já se somam artigos contra o esperanto, contra vegetarianismo, contra alguns temas de ecologia...

Veja, que mentira!
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